Indispensável? Era bom!!
Para além de acreditarmos que é possível, é urgente agirmos, e muito, nessa direcção. Não precisarem de nós torna-nos obviamente dispensáveis e a partir daí é… morte súbita!
Mas, o que estará nas nossas mãos fazer para que isso aconteça?
Tornar-se indispensável… para os Colaboradores
O paradigma do trabalho mudou.
No passado tínhamos colaboradores certinhos, dedicados, que chegavam a horas, seguiam as regras, não davam nas vistas e estavam dispostos a tudo para que a recompensa chegasse.
Agora temos colaboradores predispostos a ser notáveis, a criar e decidir o seu destino, a ligar pessoas e ideias, a ser solidários e cujo talento não temos outra escolha senão recompensar.
Nunca foi fácil a convivência entre gerações no contexto pessoal e social; muito mais desafiante será para as várias gerações que actualmente integram a força de trabalho das empresas perceber as diferentes posturas e os valores a elas inerentes, e fazer disso factores críticos de sucesso para a diferenciação e inovação empresarial.
O Employer Brand assume um carácter mais importante do que nunca, há que investir em reforçar o valor da marca da Empresa para o colaborador. Se queremos ter colaboradores indispensáveis, temos que tornar a nossa empresa indispensável para os nossos colaboradores:
– Comunicar interna e externamente a empresa, o que fazemos, o que atingimos, o que os nossos clientes falam de nós, o que nos diferencia, o que vamos fazer;
– Fomentar uma cultura participada e de desafios constantes, com brainstormings de ideias, projectos out of the box, responsabilidades diferenciadas;
– Assegurar a utilização de Tecnologia ao nível das plataformas e ferramentas mais inovadoras;
– Proporcionar oportunidades globais de trabalho, prevendo a mobilidade e o trabalho a partir de casa;
– Apostar continuadamente no Formação e no Desenvolvimento Pessoal, tirando o máximo partido do Coaching e do Mentoring;
– Considerar estratégias de remuneração o mais criativas possível, por oposição às estratégias de remuneração e benefícios mais convencionais;
– Envolver todos nas acções de Responsabilidade Social Empresarial, para alargar o sentido de pertença e do dar-se e ajudar a cumprir a missão da Empresa.
Tornar-se indispensável… para os Parceiros
Se o meu modelo de negócio ou alguma área de negócio não é o puzzle completo, que a minha peça seja uma das peças chave do puzzle.
Muitas são as empresas que estabelecem parcerias por tudo e por nada, com qualquer entidade que a isso se propõe e depois logo se vê o que dá. Faz sentido aliarmo-nos a alguém sem sabermos exactamente o que pretendemos dessa aliança e que retorno ela nos pode dar?
O que nos impede de fazer um assessment para avaliação dos parceiros, baseado num determinado modelo de qualificação e avaliação das possíveis parcerias? Para além da complementaridade técnica / de entrega, também têm que ser respeitados critérios em linha com a visão e missão da empresa, com os valores e a ética, e aspectos relacionais ao nível da empatia e confiança mútuas.
Um parceiro tem que ser o prolongamento da nossa Organização, absolutamente complementar ao nosso Propósito. Inversamente, tenho a certeza que os meus parceiros me vêem como parte integrante do Organigrama deles?
Tornar-se indispensável… para os Clientes
E, já agora, se conseguíssemos também estar no Organigrama dos nossos Clientes? Isso sim, era muito bom…
Numa altura em que Fidelizar é cada vez mais difícil, que estratégias é que tenho implementadas para reter os Clientes?
Não vale a pena chorar as portas que se fecham, vale a pena é não criar nenhuma razão para que elas se comecem a fechar.
Com que periodicidade visita os seus clientes? O que tem para oferecer a cada um? Como excede as expectativas deles? É que quem não aparece esquece!
Como os segmenta? Quais são os 20% de clientes que lhe trazem 80% dos seus resultados?
Plano de execução comercial, já tem? Como está a ser operacionalizado? Quais as etapas do ciclo comercial? E no final do ciclo, quais as etapas que visam uma melhoria contínua interna?
Que ferramenta de CRM está a usar? (Não, não estou a perguntar pela que está instituída, mas sim pela que está efectivamente a alimentar no seu dia-a-dia. Desculpe, sei que não é o seu caso, mas isto ainda vai acontecendo nas outras empresas… e depois perde-se o fio à meada).
Que métricas estão subjacentes à actividade comercial? Como avalia o desempenho comercial da sua equipa e de cada vendedor? Como dilui o investimento em marketing no custo da venda?
Todas estas questões precisam das nossas melhores respostas, ou está em condições de dispensar Clientes? Então não deixe que os Clientes o dispensem a si!