
Procuro muitas vezes, em alguns programas que passam na televisão, semelhanças e diferenças do que vejo acontecer nas empresas e nas equipas com quem trabalho.
E ultimamente em certos “reality shows”, muitos deles afastados milhares de léguas da realidade, podemos encontrar analogias muito interessantes com o que se passa nas empresas.
Uma das razões pelas quais acho interessantes alguns destes programas não é pelo que é transmitido no programa, o que vemos acontecer depois de todas as imagens terem já sido editadas e condensadas num resumo, mas sim por imaginar toda a equipa que está por trás de cada um dos programas.
Um dos que tenho visto é o Hells Kitchen, ou “A cozinha é um inferno”. A dinâmica é simples: uma cozinha, 12 potenciais cozinheiros e um chefe que os vai testando continuamente. Por entre desafios, os aspirantes a cozinheiros vão passando por um autêntico inferno até conseguirem atingir o prémio final.
Mas o que é que um chefe aos gritos tem a ver com empresas?
Gritar
Infelizmente, muitos líderes de equipa perdem as estribeiras de vez em quando!
Acredito que há maneiras diferentes e igualmente eficazes de comunicar, para além de gritos. Muitas vezes é uma chamada de atenção para algo de grave que acontece, outras é por puro desespero.
Em termos de conceitos de liderança, quando a equipa está sem rumo, sem motivação e a cometer muitos erros, é necessária uma maior assertividade no modo de lidar com eles. É preciso controlar, dar metas concretas e específicas e durante um curto espaço de tempo monitorizar de perto a performance. Sem dúvida que antes disso é preciso ensinar e dar o exemplo para a tal tarefa que necessita de melhoria, mas depois é apoiar e reconhecer as melhorias.
Aguentaria viver num ambiente só de gritaria constante? Provavelmente estranharia e raramente as pessoas se habituam.
Apoiar
Para evitar gritar o tempo todo temos de encontrar um apoio nos nossos braços direitos para conseguir ter mais energia para apoiar terceiros.
Mais do que um líder, acima de tudo somos humanos, e como tal temos momentos de fraqueza e de falta de ânimo.
Para poder apoiar tem de estar preparado para o fazer ou não será de todo compreendido. E o apoio que dá à sua equipa pode ser fundamental para os manter motivados e no rumo certo.
Mas não se esqueça de pedir apoio aos outros para que o motivem e o ajudem. Muitos líderes sentem-se constrangidos com o pedir ajuda aos colegas. Sentem que isso os fragiliza. Se tiver a coragem de o fazer, isso só o fortalece.
Premiar
E em tempos de crise, quem pensa em algo como prémios de equipa?
Mas já reparou que o premiar pode ser um simples reforço positivo?
Muitas equipas ainda associam o premiar a uma recompensa financeira pelo cumprimento de objectivos específicos, seja qual for o departamento. Mas hoje em dia, quer devido a problemas financeiros, quer à tão falada “crise”, quer porque muitas vezes tal não faz grande diferença, as recompensas financeiras não são o prémio ideal.
Por isso insistimos que a recompensa pode ser uma palavra de reconhecimento, a autonomia para determinado projecto, mais responsabilidade em certas áreas de actuação, liberdade para tomar algumas decisões. Por certo tem pessoas na equipa que de braços abertos iriam acolher estas acções. Outras ainda não estarão preparadas para este passo e por isso há que ter energia e continuar a batalhar.
Mesmo em contextos mais exigentes há sempre algo de positivo a reconhecer e a abraçar.

Desde 2006 que atua nas áreas de Business e Executive Coaching, tendo sido uma das primeiras pessoas em Portugal a obter certificação da ActionCOACH.
Desde 2007 que na Ideias e Desafios é a Partner responsável pela área de Business Coaching, liderando uma vasta equipa especializada nesta vertente.
Para melhor apoiar as empresas, conta com uma experiência de quase uma década numa multinacional, em cargos comerciais e chefia de equipas, completada com Formação na Universidade Católica Portuguesa em Empreendedorismo e Gestão da Inovação. É apaixonada pela leitura de livros de “marketing”, gestão e motivação pessoal, tendo ainda participado em ações de formação com personalidades como Jay Levinson, Anthony Robbins, Jake Canfield e Jeffrey Guitomer.
Os programas de Coaching e Formação que lidera apoiam a performance das empresas e das equipas, permitindo alcançar metas mais ousadas em menor tempo, aumentando a dinâmica pessoal de cada colaborador e envolvendo e alinhando a equipa na estratégia global da empresa. Nestes 13 anos de atividade foram muitas as empresas e projetos que apoiou na sua caminhada face ao sucesso.
O gosto por ajudar, motivar e fazer com que as empresas atinjam as suas metas são a sua força motriz, sendo que em todo este processo sente que recebe, por vezes, mais do que dá.
Tem a convicção de que todos somos capazes de feitos fantásticos e de que temos de desafiar o pré-estabelecido constantemente, se queremos crescer e sermos mais.
O seu objetivo de vida é: “Levar as pessoas a atingirem o seu mais elevado potencial pessoal e profissional, tornando-se pessoas melhores!”