
O tema nãoserá novidade. E quando estamos a iniciar um novo ano, é até recorrente. Tipicamente,o que acontece é que recordamos a lista de objectivos e metas pessoais eprofissionais que tivemos durante o ano transacto, e comparamos com os quepretendemos para o ano que está a chegar.
Provavelmentemuitas das resoluções não serão novas, e não terão de o ser. Certos desejosmantêm-se, ou porque são demasiado bons para não voltarem a ser repetidos, ouporque ainda não os concretizámos na totalidade. Outros porque ainda não serealizaram e queremos mesmo manter este foco.
Num períodode kick off para muitas empresas, oque procuramos são desejos novos. Os objectivos são mais ambiciosos, diferentesdos anteriores, preparando a equipa para os desafios que se farão sentirdurante os restantes meses do ano.
Mas seformos as mesmas pessoas por dentro, com as mesmas capacidades e formas de actuar,será que faz sentido? Existe uma equação matemática muito interessante que dizque SER x FAZER = TER e que se uma dessas partes for zero, que é o elementoabsorvente da multiplicação, teremos zero como resultado.
SER
Einsteindisse que “não se conseguem resultados diferentes fazendo sempre as mesmascoisas”. Conseguir colocar os seus talentos em prática é alterar o seu SER. Aolongo do tempo, crescemos em competências e em experiência, e colocar essestalentos a “render” vai permitir uma melhoria constante.
Precisamosde uma maior consciência do que somos e do que temos de aprender, o que temosde melhorar para SERMOS melhores profissionais e melhores pessoas. Existemmuitas formas de melhorar algumas das nossas competências técnicas… maisformação, cursos, especializações, ou outras na forma de trabalhar de cada um.
E estamos afalar de competências técnicas, mas as softskills também podem ser trabalhadas. Qualidades como a capacidade de serempático, escuta activa, optimismo e humildade são passíveis de serem moldadas,no entanto, também é mais desafiante alterar este SER.
Assim, paraeste novo ano, querer ser mais empático, mais organizado, mais estruturado, commaior poder de resiliência, poderão ser desejos diferentes a adicionar à listade resoluções.
FAZER
Não bastaser uma excelente pessoa e um profissional de referência, também temos de fazeralgo.
Se oconhecimento fica todo connosco e não é partilhado, não estamos a fazer o quemelhor sabemos e somos.
Fazermelhor o que já sabemos fazer é uma forma de estar muito positiva e inovadora.Costumamos dizer às equipas que o exercício mais simples de pensar é que o quenos leva de A a B não nos leva de B a C.
Ascondições que nos fazem crescer até determinado patamar não serão as mesmaspara subir ao nível seguinte, até porque o mercado estará diferente, osclientes serão outros e nós teremos aprendido algo mais.
Por essarazão, deveremos apontar como resolução do ano novo fazer as coisas de formadiferente, de forma mais eficiente e/ou eficaz, com mais cuidado aos pormenorese detalhes, com mais profissionalismo, com uma competência nova que querotreinar ou aprender ao longo deste ano.
TER
É aqui que a lista se vai completando. Se eu foralguém diferente e utilizar os meus talentos de uma outra forma, será umaconsequência normal ter as coisas mais bem organizadas, com maior sucesso,conseguir atingir as metas pessoais e profissionais a que me propus.
Por isso, a lista de resoluções, seja ela mais oumenos repetida, ajuda-nos a focar no que queremos realmente, no que éimportante, nas metas que gostaríamos de atingir.
Há outra questão, que não é menos importantenesta história das resoluções, que é a celebração.
Ao longo do ano até vamos conquistando algumasdas metas, mas acontece que nos esquecemos de marcar o momento, de o celebrar,de criar uma âncora de motivação em torno de mais um objectivo riscado dalista.É importante não perder esta dinâmica de celebrar, pois quando o anoestiver a terminar, vai saber bem pensar no que conseguiu atingir pessoal eprofissionalmente, dando outra motivação para o ano novo que está aí!
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