Uma das coisas que habitualmente os empresários perguntam-me quando falamos de coaching é:
“Mas por que é que a minha empresa necessita de um Coach?”
A pergunta é justa, com tanta informação acerca de coaching em Portugal ninguém sabe para que lado se virar.
Embora existam diversos tipos de coaching no mercado, que podem ir desde o aspeto mais pessoal da questão até ao aspeto mais ligado a temas profissionais, as metodologias de coaching que a Ideias e Desafios utiliza junto dos seus clientes distinguem-se das restantes por diversos fatores.
Para terem uma ideia, um coach nosso passa por um processo de formação bastante alargado, onde são focadas diversas temáticas empresariais e pessoais que visam melhorar o desempenho das empresas nas vertentes principais do negócio.
Podemos estar a falar de estratégia, marketing, finanças, vendas, liderança, gestão de equipas, as áreas onde temos ajudado os nossos clientes são tantas que não chegaria o espaço de que disponho neste artigo.
Temos diversos casos em que, com mudanças aparentemente simples de realizar, conseguimos chegar a 30% e 40% de aumento dos resultados da empresa.
Num dos últimos clientes onde trabalhamos a questão prendia-se com comunicação.
Numa época em que toda a empresa tem de estar alinhada e a rumar no mesmo sentido, existiam dissonâncias gritantes entre o que era comunicado pela gestão de topo e o que era veiculado pelas chefias de 2ª e 3ª linha.
Existia sempre a necessidade de as chefias darem o seu toque.
O problema é que, como diz o ditado, quem conta um conto, acrescenta um ponto.
E quando a informação chegava às bases da empresa já muita coisa se tinha perdido e alterado.
Em tempos desafiantes a mensagem tem ser clara.
Todos temos um sistema de valores e necessidades, aos quais respondemos com maior força do que ao que a empresa nos pede ou diz.
Por exemplo, se estou a pedir aos meus colaboradores que “deem o litro” e que ainda por cima não vamos conseguir pagar horas extras, convém que a mensagem seja clara e que acima de tudo se explique o “porquê”!
Se esse “porquê” não for claro e igual para todos e, acima de tudo, se sofrer distorções, dificilmente se conseguem o alinhamento e o vestir de camisola de todas as pessoas.
Noutro cliente nosso interviemos em aspetos mais operacionais, como, por exemplo, na otimização dos sistemas implementados, de forma a cortar as “gorduras” organizacionais e os desperdícios que existiam.
Com que objetivo?
Bem, numa primeira análise, com o objetivo de tornar a empresa mais sólida e segura.
A ideia era melhorar os seus rácios financeiros, de forma a que se pudesse ter uma posição mais estável junto da banca, com o objetivo de se ir refinanciar a valores mais competitivos.
O segundo objetivo era conseguir libertar recursos financeiros para aumentar a incidência nas vertentes comerciais e de marketing da empresa, com o objetivo de conseguir “captar” cota de mercado à concorrência.
Em épocas desafiantes, quando os outros abrandam, é a altura ideal para se tomar este tipo de atitude. No entanto, era necessário passar pela primeira fase, ou seja, conseguir esses mesmos recursos.
Provavelmente estará a pensar, mas como é que o conseguiram?
No caso em concreto, descendo às bases e dando voz a todos na empresa.
O processo passou por diversas fases. A primeira envolveu a comunicação clara, a toda a empresa e ao mesmo tempo, do que se pretendia e porquê. A segunda envolveu diversos grupos de trabalho multifuncionais, que olharam para todos os processos e sistemas ao pormenor e com o seu know-how viram e assumiram o compromisso de onde é que podiam cortar ou melhorar.
As empresas por vezes são como a nossa casa, vamos acumulando “lixo” e coisas velhas em armários e arrecadações e só as deitamos fora ou mudamos de sítio quando nos começam a incomodar ou necessitamos de mais espaço.
O engraçado nesta estratégia é que não envolveu o despedimento de nenhuma das quase 100 pessoas. A única coisa que se fez foi realocar 3 ou 4 pessoas a funções que antes eram contratadas fora em outsourcing.
No caso, como ficaram livres, era mais eficiente fazê-las novamente dentro da casa, tal como se fazia originalmente.
Poderá pensar:
“Mas eu não consigo isto sozinho na minha empresa.”
Tem toda a razão para o pensar, principalmente em tempos pós pandemia, em que os recursos são escassos.
No entanto, o que verificamos é que quando alguém de fora, que não está mergulhado nos problemas e situações do dia a dia, olha para o seu negócio, consegue muitas vezes ter abordagens e perspetivas diferentes.
Esta semana pare um pouco para pensar: será que preciso de alguém esterno para me dar uma opinião que não esteja contaminada?
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Liderou ao longo dos anos diversos projectos de sucesso em Portugal em diferentes áreas de actividade. A sua experiência profissional começou como Vendedor, tendo mais tarde feito carreira como Dir. Comercial e Dir. Geral de diversas empresas nacionais e internacionais. É também autor de diversas publicações no âmbito comercial e de liderança comercial, incluindo os livros“Compre Já”, “A Arte de Vender” e “Arte da Guerra no Coaching”.
Actualmente é o Partner responsável pela Ideias & Desafios, uma empresa dedicada à Formação e à realização de processos de Business & Executive Coaching. Ao longo da sua vida dedicou uma grande parte do seu tempo ao estudo de áreas tão distintas como vendas, performance pessoal, liderança, persuasão e influência, hipnose, psicologia, programação neuro-linguística, entre outras. Sendo um apaixonado do conhecimento, estudou com algumas das maiores figuras mundiais das áreas acima apresentadas. De entre elas podemos destacar Richard Bandler, Anthony Robbins, Brian Tracy, Tony Jeary, Tony Alexandra, entre outras.
Os seus programas de formação comercial assentam não só no conhecimento teórico que foi adquirindo ao longo dos anos, mas também em toda a sua experiência prática como vendedor, director comercial e director geral das várias empresas por onde passou.
Um dos seus factores de sucesso é a capacidade de pegar em matérias e temas bastantes complexos e transformá-los em ferramentas simples que qualquer pessoa pode utilizar para o seu próprio sucesso. Acima de tudo, acredita que todos temos uma capacidade fantástica para atingir o sucesso. Apenas necessitamos que nos mostrem o “caminho das pedras”.
É especialista em: Formação de Vendas, Formação de Negociação, Formação de Liderança, Coaching Executivo e Comercial.