Como é possível que de repente todo o mundo tenha ficado apanhado com uma dança sem qualquer coreografia para além de um “chocalhar” geral, com pouca roupa e máscaras?
A dança começa com apenas um indivíduo a dançar, ou gesticular, perante um outro grupo que permanece impávido e sereno e depois, passados uns instantes, todos dançam mascarados, gesticulam e divertem-se.
Com esta moda ou maluquice e com os milhões de visualizações no Youtube de todos os vídeos que envolvem a dança, penso sempre no poder do marketing viral e no impacto que este causa – o bom e o mau.
Não estamos com isso a dizer que o segredo do marketing da sua empresa é fazer um Harlem Shake e colocar no Youtube, mas até que ponto nos esquecemos do marketing viral que podemos fazer para potenciar a nossa empresa, dá-la a conhecer e aumentar o sucesso?
Marketing 2.0
Costumamos dar este nome a um conjunto de ferramentas de baixo custo mas de alto impacto e que estão à nossa disposição. Acima de tudo, muitas das ferramentas que hoje em dia já utilizamos e que criam impacto no mercado.
Acredito que o marketing não é um custo, mas antes um investimento, mas de qualquer forma, em tempos de crise, todo o dinheiro que se pode poupar é bem-vindo.
As ideias para a realização destas acções vêm da imaginação da equipa, de reuniões de marketing e da vontade concertada em fazer coisas diferentes para a empresa… e, acima de tudo, são de baixo custo.
Que o Facebook é algo já muito utilizado hoje em dia já não constitui novidade. Mas muitas empresas ainda não o potenciam da melhor maneira. Não são apenas as mensagens que a empresa coloca, mas as partilhas que a equipa faz que são importantes e podem gerar mais contactos.
Para que as partilhas no Facebook feitas pela equipa sejam credíveis, faça com que os seus colaboradores tenham um perfil profissional e outro pessoal.
E antes do Facebook temos o Site da empresa, que deve ter os conteúdos actualizados e dinâmicos.
Muitos sites não são apelativos, não descrevem os produtos ou serviços que a empresa tem e esta deve ser a montra de eleição.
Os exemplos sucedem-se e muitos são criados em reuniões de brainstorming com a equipa, tais como o envio de newsletters.
Tudo depende dos conteúdos que se inserem, mas podem ser um veículo de divulgação/apresentação da empresa.
Para além da presença no Facebook, não descure outras redes sociais, tais como Linkedin, que é uma rede social excelente para partilhar contactos profissionais.
Outra prospecção
As ferramentas de marketing 2.0 podem ser integradas com toda a prospecção tradicional que é feita pela equipa comercial.
A máquina de prospecção tem de se manter. As chamadas a frio por parte dos comerciais, os telefonemas de seguimento, os e-mails de apresentação. E depois aproveitar outros modelos de networking como BNI, Câmaras de Comércio, Toastmasters e outros eventos. Cada vez mais empresas organizam acções onde para além de darem a conhecer os seus produtos e/ou serviços promovem convívio entre empresas.
Não é a prospecção que mais agrade aos comerciais, mas não podemos confiar apenas nas ferramentas da Internet, no Facebook e no marketing viral. Muito deste marketing viral tem uma duração reduzida e, como tal, o pipeline de acções nunca pode parar.
As reuniões de brainstorming que dão origem a todas estas ferramentas são participadas e intensas. Da nossa experiência, as equipas devem participar na criação das acções às quais irão depois dar o devido acompanhamento. Não só para potenciar as de marketing feito na Internet, como para cruzá-las com as outras formas de prospecção.
Por isso, se a sua equipa está com vontade de começar a dançar o Harlem Shake, pense que se calhar estão prontos para inovar no marketing, para criar um “buzz” diferente e aproveite a motivação para criar outras ferramentas diferentes, dinamizar o seu Facebook e investir nas redes sociais de forma mais concertada.
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