Quase que a apanhava…
Muitas vezes, no final do ao comercial, andamos iludidos com uma série de negócios que temos em carteira.
Negócios esses que normalmente até são “apetitosos”.
Conforme o 31 de Dezembro se vai aproximando, os vendedores começam a ficar mais nervosos, os negócios não se concretizam, alguns atrasam para o ano seguinte e como já deve estar a imaginar, lá se vão os resultados do ano.
A questão que se põe é precisamente: porque é que isto acontece?
Podemos arranjar mil e uma desculpas:
– Que é da crise
– Que o cliente atrasou o processo devido a outros projectos
– Que foi do Sporting ou do Benfica ou do Porto terem perdido
Enfim, desculpas com toda a certeza que não irão faltar.
Mas será que este acontecimento necessita mesmo de desculpas?
No nosso entender, não.
Trata-se do normal na actividade comercial das empresas, uns negócios concretizam-se, outros não.
A única diferença que se apresenta nestas situações é que devido a ser final do ano e o comercial necessitar de concretizar a sua cota de vendas, quase de certeza que a pressão é muito maior.
Ora é precisamente devido a esta pressão que se comete um dos maiores erros do ano em termos comerciais.
Como estamos aflitos em termos de vendas, temos tendência a pressionar os negócios em carteira e a deixar de lado uma das componentes mais importantes do processo de vendas.
Pense um pouco, já adivinhou qual é?
Claro que sim!
Trata-se da prospecção.
Provavelmente estará a pensar:
“Prospecção”?
Mas se estou aflito com as minhas vendas, por que raio é que me devo importar com a prospecção?”
Uma das razões pelas quais o ano comercial começa mal em Janeiro, é precisamente pelo facto dos comerciais no final do ano descurarem a prospecção ou o contacto com clientes que não têm propostas activas.
Fazem-no na ilusão de que se forçarem os negócios eles irão concretizar-se.
Mas será que é mesmo ilusão?
No nosso entender, muitas vezes é!
Pense comigo.
Se um cliente estiver a atravessar um processo interno complicado, como uma greve, o encerramento de uma unidade, um problema com os sindicatos, será que é por nós fazermos mais pressão que vamos fechar o negócio?
Claro que não!
Na maioria dos negócios a influência do comercial só vai até um determinado ponto da venda.
A partir daí, devemos suportar a venda e manter o negócio quente, mas a nossa influência real, a não ser que se usufrua do factor “cunha”, é bastante reduzida.
Agora quando descuramos a prospecção e o contacto com clientes que não têm propostas activas, estamos a matar o início do próximo ano.
No lado da prospecção, porque é normalmente aqui que o comercial tem realmente influência.
Ou seja, no despoletar de novas oportunidades.
No lado do acompanhamento a clientes que não têm propostas activas, porque no final do ano é a altura em que muitas vezes se fazem os orçamentos para o ano seguinte.
Se não tivermos um pé na porta nesta altura, muitas vezes nem sequer somos considerados no ano seguinte.
Já lá diz o ditado:
“Longe da Vista, Longe do Coração!”
E nas vendas é bem verdade.
Se não estivermos presentes nesta altura do ano junto dos nossos clientes, não temos a possibilidade de preparar o terreno para que os nossos produtos ou serviços estejam bem posicionados no próximo ano.
No final do ano é também a altura em que os departamentos de compras lançam novas consultas ao mercado.
Normalmente para seleccionarem novos fornecedores ou apertarem com os actuais com base nas propostas dos outros.
Por todas estas razões, este final de ano não descure a prospecção e o acompanhamento dos clientes que não estão activos.
Vai ver que o seu início de ano vai ser muito mais proveitoso em termos comerciais.
Lembre-se de que nem sempre o que fizemos toda a nossa vida continua a resultar.
Muitas vezes as estratégias e tácticas que nos levaram do ponto A ao ponto B não serão as mesmas que nos levarão do ponto B ao ponto C.
Por isso não perca mais tempo.
Gostaria de tornar 2013 num ano de sucesso para a sua empresa?
Liderou ao longo dos anos diversos projectos de sucesso em Portugal em diferentes áreas de actividade. A sua experiência profissional começou como Vendedor, tendo mais tarde feito carreira como Dir. Comercial e Dir. Geral de diversas empresas nacionais e internacionais. É também autor de diversas publicações no âmbito comercial e de liderança comercial, incluindo os livros“Compre Já”, “A Arte de Vender” e “Arte da Guerra no Coaching”.
Actualmente é o Partner responsável pela Ideias & Desafios, uma empresa dedicada à Formação e à realização de processos de Business & Executive Coaching. Ao longo da sua vida dedicou uma grande parte do seu tempo ao estudo de áreas tão distintas como vendas, performance pessoal, liderança, persuasão e influência, hipnose, psicologia, programação neuro-linguística, entre outras. Sendo um apaixonado do conhecimento, estudou com algumas das maiores figuras mundiais das áreas acima apresentadas. De entre elas podemos destacar Richard Bandler, Anthony Robbins, Brian Tracy, Tony Jeary, Tony Alexandra, entre outras.
Os seus programas de formação comercial assentam não só no conhecimento teórico que foi adquirindo ao longo dos anos, mas também em toda a sua experiência prática como vendedor, director comercial e director geral das várias empresas por onde passou.
Um dos seus factores de sucesso é a capacidade de pegar em matérias e temas bastantes complexos e transformá-los em ferramentas simples que qualquer pessoa pode utilizar para o seu próprio sucesso. Acima de tudo, acredita que todos temos uma capacidade fantástica para atingir o sucesso. Apenas necessitamos que nos mostrem o “caminho das pedras”.
É especialista em: Formação de Vendas, Formação de Negociação, Formação de Liderança, Coaching Executivo e Comercial.