Já pensou nisto a sério?
Por que é que decidiu ser vendedor?
- Foi por escolha própria?
- Foi por ser a única opção de emprego que existia?
- Foi pelo brilho da função?
- Foi por poder ter uma vida mais movimentada e não tanto atrás de uma secretária?
- Foi por poder ter carro?
Não estranhe as perguntas, mas são as que por vezes faço nos cursos de formação comercial.
Na venda, como é óbvio, é necessária uma motivação acima da média para todos os dias nos levantarmos e estarmos dispostos a ganhar ou perder processos comerciais, a pegar num telefone para marcar reuniões e levar diversos “nãos” até chegarmos a um “sim”.
Uma das coisas que mais deita abaixo os profissionais de vendas, e não só, é precisamente o medo da rejeição.
Numa fase inicial do processo, quando começamos a nossa carreira no mundo das vendas, por vezes esta situação é debilitadora do nosso sucesso.
Também por lá passei e lembro-me que enquanto não venci esta barreira, a minha carreira comercial não foi a lado nenhum.
Enquanto não aprendi a separar mentalmente a “rejeição” da minha pessoa e a atribuí-la apenas ao meu produto e serviço, as coisas não correram lá muito bem.
Existem várias formas de ultrapassar isto, muitas delas são teorias fantásticas, mas, no meu entender, nada é mais eficaz do que ganhar “calo”.
Esta é uma das situações nas vendas que só quem passa por ela é que entende – nada substitui a experiência concreta de estar dias a fio a tentar marcar reuniões comerciais ou visitas a clientes e a levar nãos sistemáticos.
Agora, como esta, existem uma série de situações que nos vão deitando abaixo no mundo das vendas. Sejam elas de aspeto psicológico, sejam elas de aspeto mais operacional.
A questão, muitas vezes, é voltar às bases iniciais e redescobrir o que é que gostamos no ato de ser vendedor.
A experiência que tenho como vendedor e, mais tarde, na liderança de equipas de vendas, é que a motivação tem de vir de dentro e, para além do lado material, tem de estar ligada a componentes emocionais concretas da profissão.
Um vendedor até pode começar por não gostar de ser vendedor, mas quando lhe apanha o gosto, seja por que razão for, nada o irá parar.
Depois disto é só afinar o processo mais técnico da venda e as ferramentas que utiliza, sejam elas operacionais ou mais do domínio psicológico.
Agora, o gosto de ser vendedor, como diz um amigo meu, não se vende em comprimidos na farmácia.
Esta semana, pare um pouco para pensar, o que gosta na profissão de vendedor?
Volte às bases e redescubra a sua emoção no ato da venda! E caso tenha possibilidade aproveite para renovar os seus conhecimentos realizando formação na área.
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