Uma das coisas que sucede em termos de liderança é o facto de muitas vezes os líderes utilizarem o mesmo estilo e a mesma forma de controlo com todos os membros da sua equipa.
Poderá pensar-se: “mas não será correcto ser igual com todos”?
Embora existam alguns aspectos em que tenhamos de ter essa postura, como por exemplo com as políticas de remuneração ou formas de avaliação de desempenho, no campo do estilo de liderança temos de levar outros factores em conta.
Quando converso com alguns dos líderes com quem trabalho nos nossos projectos de Formação e Mentoring de Liderança, esta questão surge invariavelmente ao fim de algum tempo de trabalho.
Será que são as pessoas que têm de se adaptar ao líder ou será que é o líder que tem de se adaptar às pessoas?
No nosso entender, terá de ser o líder, na maioria das situações, a fazer o processo de adaptação.
Mas entenda-se adaptação em função de cada pessoa, nos termos da forma como as lideramos.
Ok, isto é muito fácil de dizer, mas como é que isto se processa?
Em primeiro lugar, pensemos no conceito de competência.
Será que a pessoa é competente para levar a cabo as funções que lhe estão atribuídas?
Se pensarmos somente no aspecto “técnico”, provavelmente o conceito ficará aquém do que pretendemos.
Mas pensemos em competência em duas vertentes distintas.
A primeira prende-se com a questão da “Competência Técnica”, ou seja, a pessoa em causa consegue realizar a suas funções de forma eficaz?
A segunda é um pouco mais complexa, prende-se com a questão da “Competência Psicológica”.
Será que a pessoa apresenta motivação e maturidade psicológica para a realização das suas funções?
Pegando nestas 4 variáveis, temos pessoas na equipa que:
- Têm competência psicológica, mas não têm competência técnica
- Não têm competência psicológica, nem têm competência técnica
- Não têm competência psicológica, mas têm competência técnica
- Têm competência psicológica e têm competência técnica
A questão que se coloca é: lideraria todas estas situações da mesma forma?
Agora que começamos a compartimentar, provavelmente não.
Mas então o que é que eu devo fazer com cada uma das situações?
Nas nossas academias de Direcção Comercial, uma das coisas que introduzimos, e que por vezes faz toda a diferença na questão da eficácia da liderança, é o conceito de “Competência” versus o conceito de estilo de liderança.
No nosso entender, consoante a pessoa se encontra numa das quatro situações apresentadas, o líder deverá mudar a sua forma de liderar para que o processo de liderança seja mais eficaz e menos penoso para ambos.
Por exemplo, no caso de a pessoa estar na situação 2., ou seja, não tem competência psicológica, nem tem competência técnica, a melhor forma de actuar será usar um estilo mais directivo, colocando maior pressão no acto da liderança.
Deve estruturar, conduzir e controlar de uma forma muito mais apertada do que nas outras situações.
No caso, por exemplo, de estar na situação 4., tem competência psicológica e tem competência técnica, o processo de liderança deve passar mais por uma atitude de delegação, em que a estruturação do trabalho é mínima e o controlo passa mais por uma perspectiva de supervisão.
Muito mais existiria para falar sobre este tema, mas o nosso tempo de antena hoje fica por aqui.
Quanto mais nos envolvemos no estudo da liderança e na sua realização, mais apaixonados temos tendência a ficar com todo o processo.
Mas, como deve imaginar, não é algo simples, e requer muitas vezes investimento dos líderes na aprendizagem e capacitação.
Somente desta forma conseguiremos equipas que funcionem, de facto, como equipas, e líderes que, de facto, consigam que as suas pessoas levem as empresas ao patamar do sucesso.
E Você? Quando foi a última vez que fez formação em Liderança?
Liderou ao longo dos anos diversos projectos de sucesso em Portugal em diferentes áreas de actividade. A sua experiência profissional começou como Vendedor, tendo mais tarde feito carreira como Dir. Comercial e Dir. Geral de diversas empresas nacionais e internacionais. É também autor de diversas publicações no âmbito comercial e de liderança comercial, incluindo os livros“Compre Já”, “A Arte de Vender” e “Arte da Guerra no Coaching”.
Actualmente é o Partner responsável pela Ideias & Desafios, uma empresa dedicada à Formação e à realização de processos de Business & Executive Coaching. Ao longo da sua vida dedicou uma grande parte do seu tempo ao estudo de áreas tão distintas como vendas, performance pessoal, liderança, persuasão e influência, hipnose, psicologia, programação neuro-linguística, entre outras. Sendo um apaixonado do conhecimento, estudou com algumas das maiores figuras mundiais das áreas acima apresentadas. De entre elas podemos destacar Richard Bandler, Anthony Robbins, Brian Tracy, Tony Jeary, Tony Alexandra, entre outras.
Os seus programas de formação comercial assentam não só no conhecimento teórico que foi adquirindo ao longo dos anos, mas também em toda a sua experiência prática como vendedor, director comercial e director geral das várias empresas por onde passou.
Um dos seus factores de sucesso é a capacidade de pegar em matérias e temas bastantes complexos e transformá-los em ferramentas simples que qualquer pessoa pode utilizar para o seu próprio sucesso. Acima de tudo, acredita que todos temos uma capacidade fantástica para atingir o sucesso. Apenas necessitamos que nos mostrem o “caminho das pedras”.
É especialista em: Formação de Vendas, Formação de Negociação, Formação de Liderança, Coaching Executivo e Comercial.