Lembra-se das aulas de ginástica quando éramos pequenos? Tantos momentos aos pinos e pinotes… havia dias que passávamos o tempo todo de pernas para o ar!
E há quanto tempo não damos a volta? Quando é que foi a última vez que questionou o caminho que estava a percorrer, que repensou os pontos de chegada pretendidos, que pôs em causa o caminho, que avaliou o ponto de partida sequer…?
Trazer novas perspetivas à nossa vida é bom, trazer novas perspetivas à vida das nossas empresas é hoje absolutamente inevitável.
Acreditar+
De que corremos atrás? Em que acreditamos? E o que queremos pessoal e profissionalmente?
Claro que todos temos sonhos, que desejamos coisas para nós… Mas pensamos muito nisso, pensamos intencionalmente nisso, ou ainda não?
Nesta semana, numa reunião de equipa no âmbito de um dos nossos programas de acompanhamento, falávamos justamente de liderança intrapessoal, de metas e objetivos, da importância do alinhamento dos objetivos pessoais e profissionais. Quando questionados sobre se tinham objetivos definidos, os elementos da equipa responderam-me, quase que em coro: “Sim, estão na minha cabeça”. E houve alguém que me disse: “Os meus estão num caderninho verde, no meu quarto. No Natal e nos meus anos faço questão de lá ir ver o que consegui atingir e acrescentar o que quero para mim. E funciona!”. Não tive dúvida, pelo brilho daquele olhar…
Se entre os objetivos pessoais e profissionais tivermos 20 ou os tais 101, estejam onde estiverem anotados ou claros, não importa tanto assim. Que sejam específicos, tangíveis, para sabermos que os atingimos, e o que falta para lá chegarmos. E, claro, convém que sejam os nossos!
Acreditar, definir a estratégia, viver a paixão, colocar toda a energia no processo e… dar o primeiro passo, e o segundo, e descobrir todos os outros…
Isto é ter sucesso. Sucesso é atingir, é o processo contínuo de querer mais e melhor para nós… sem nunca deixarmos de nos pôr a caminho!
Agir+
Agora, lamentavelmente, não basta querer… Não há equações mágicas para o sucesso de cada um, não há equações milagrosas para o sucesso das empresas…
Mas também não há resultados de equações sem as começarmos a resolver, ou não concorda?!
E como é que põe ordem nas suas ações? O que faz primeiro? Como descobre o depois? Sabe em que sequência agir? Sabe onde sistematicamente falha ou fica nessa sequência?
Sabemos que é preciso uma disciplina tremenda para controlarmos os nossos processos, mas temos que estar em controlo.
Conhecemo-nos como ninguém, sabemos os hábitos que temos, os que nos levam mais longe e os que não nos levam a lado nenhum. Prescindir destes últimos é um processo possível. Todos nós sabemos quando estamos a procrastinar, todos nós um dia sentimos o custo de termos protelado demasiado, de não termos dado ouvidos ao nosso subconsciente, de nos termos refugiado nas nossas zonas de conforto…
Mas termos passado por uma má experiência pode ser uma grande vantagem. Faz parte do processo, agora vale a pena usá-la só a nosso favor… vai-nos ajudar a perceber o padrão ou comportamento que queremos alterar.
E termos passado por uma experiência fantástica é o melhor que nos pode acontecer, nesse agora e para sempre. Onde me levou o atingir daquela meta profissional mais especial? Quando ganho um bónus e faço aquela viagem que há tanto estava prometida à família, o que é que isso impacta em mim e nos que me rodeiam? Como me sinto quando faço uma boa venda ou fecho um excelente negócio (coitado do próximo Sr. Cliente…)?
Guarde o momento, a emoção, a sensação, o pico dessa experiência. Já tem uma âncora associada a esse estímulo? Não seria excelente contar com essa ajuda e poder replicá-la nos momentos críticos? Tudo se programa…
Agradecer+
Muitos dos nossos objetivos podem até chegar a não se concretizar, podemos agir como nunca e o resultado atingido ser distinto do que equacionámos, mas, se o compromisso for total, seguramente que o caminho terá valido a pena.
As frustrações, as rejeições, a pressão pelos resultados fazem parte do processo. Sem elas não nos tornamos mais preparados, mais fortes, mais complacentes.
Nem todos os caminhos nos deixam ricos, mas é raro o que não nos enriquece! Pelo que crescemos, pelos que nos acompanham e que cresceram connosco e, acima de tudo, pelo que recebemos de volta.
Haverá sucesso maior do que o de atingirmos o que mais desejamos e termos a capacidade de criar valor para os outros no processo?
Então, comece por si. Vamos dar a volta?!
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.