Portugal é um país de empreendedores, com uma taxa muito elevada de criadores de empresa própria. Estamos rodeados de exemplos de empreendedores que descobriram ou desenvolveram projetos, produtos e serviços inovadores.
Desde as tecnologias de informação, computadores, restauração, serviços, entre outros. São, de um modo geral, empresas de pequena e média dimensão, que arriscam tudo para singrar.
É preciso uma grande coragem para o lançamento de novas empresas, onde contra tudo e todos se procura que o “novo filho” vença e tenha sucesso.
Muitas conseguem transformar-se em sucessos mundiais, mas muitas infelizmente falham…
Poderemos tecer grandes conjeturas sobre este assunto, mas existem fatores identificados para este facto acontecer.
Não basta criar uma excelente ideia, é necessário sustentá-la, pedir e conseguir apoios e investimentos de terceiros, desenvolver todo o plano de negócio, defendê-lo e implementá-lo com sucesso e método.
O Livro E-Myth, de Michael Gerber, fala exatamente do desafio do empreendedorismo num contexto global.
Os desafios para os empreendedores são comuns e à escala mundial.
E quais são eles?
Quando nos “tornamos” empreendedores temos de “vestir” a pele de 3 personagens únicos e diferentes. Saber gerir o trabalho e o esforço destas personagens é o maior desafio que se coloca ao empresário:
Empreendedor: a parte da coragem, da audácia, da inovação e invenção. Temos de manter esta personagem viva, pois é a força motriz da empresa.
Gestor: fundamental para o sucesso gerir a empresa de modo exemplar.
Técnico: esta é a parte que você SABE mesmo fazer, são as suas competências, conhecimentos, capacidade de inovação e invenção.
É imperativa a existência de um equilíbrio entre estas personagens.
Não podemos deixar uma empresa unicamente nas mãos do empreendedor. As ideias surgem, há espírito de conquista, há tenacidade, mas depois falta a parte mais racional, mais “pés no chão”. Normalmente os empreendedores natos descuram a gestão da empresa, da equipa, e têm dificuldade em manter uma equipa técnica que funcione à mesma velocidade que ele.
Por outro lado, se apenas o gestor assume o comando, temos todos os sistemas de gestão a funcionar, mas não há “chama”, não há produtos ou serviços, não há ideias. Existe apenas a sobrevivência, a rotina do dia a dia, sem pensamentos de futuros ambiciosos.
O técnico por si só fica também um pouco isolado. Não basta criar produtos ou serviços, se não temos quem os consiga gerir ou quem seja um pouco visionário. Além disso, se o know-how fica todo assente numa só pessoa, acaba por ficar dependente dela… sempre… tornando-se mais difícil a alavancagem.
O grande desafio é saber ser os três de modo equilibrado. Garantir que nunca anulamos nenhuma das personagens em detrimento das outras. Não basta pensar numa ótica empresarial, é necessário agir e gerir.
O segredo do sucesso de grandes empresas foi terem visionários no seu topo, que entendiam de gestão e tinham as potencialidades e conhecimentos para manter “viva a máquina”.
E qualquer empresário pode fazer o mesmo:
- Alavancar os seus conhecimentos eficientemente
- Registar sempre ideias novas e inovadoras
- Ser conhecedor dos métodos de gestão ou recrutar alguém que o faça
- Ter capacidade de se abstrair do seu negócio e conseguir ver a floresta.
- Passar tempo a trabalhar O negócio e não NO negócio
- Aprender sempre, através de formações, livros, comunicação social e outros
- Preparar o crescimento
- Sonhar sempre mais…
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