Ao lançar um desafio nas redes sociais, precisamente com esta pergunta, tivemos as mais diversas respostas.
- O clássico e saudoso “animar a malta é o que faz falta”.
- Bom Senso
- Trabalho
- União
- Chuva
- Secar a malta
Enfim… e tantas outras respostas que aqui não caberiam.
Tudo isto fez-nos pensar…
Mas afinal de contas, o que é que faz falta?
A um líder, a um pai, a um empresário, a uma diretora, a uma criança…?
Será que algum dia vamos chegar a alguma conclusão?
Peguemos na palavra “Motivação” ou, como nós gostamos de lhe chamar, “Motiva para a Ação”.
Será que serve para todos?
Há pouco dias estivemos a dar mais um curso “A Arte da Liderança e Coaching”. A turma era fantástica, do melhor que temos tido até hoje, e no último dia, enquanto entrávamos no módulo de introdução ao coaching, surgiram imensas questões.
Mas uma que me despertou imenso interesse foi a questão da motivação.
Perguntaram-nos, e com razão, dado a maioria ser diretores e chefias comerciais, à mistura com gerentes de empresas e diretores gerais, “Posso usar o coaching para motivar os meus colaboradores?”
Questão pertinente, no entanto, um pouco traiçoeira.
Um dos pressupostos do coaching é que temos dentro de nós os recursos de que necessitamos. Seja para nos motivarmos, seja para evoluir, seja para viver, cá dentro encontramos a maioria das coisas de que precisamos.
É uma base operatória um pouco complexa para a maioria das pessoas, pois temos sempre a ideia de que iremos ser nós a resolver, corrigir, emendar, ou o que quer que lhe queiramos chamar, o problema da outra pessoa.
É assustador para um líder utilizar este pressuposto.
No caso de um líder que queira utilizar as ferramentas de coaching para ajudar as suas pessoas, coloca-se uma questão:
“Porque é que as quer ajudar?”
Muitas vezes a resposta a esta pergunta é:
- “Para que possam ser bem-sucedidas”
- “Para evoluírem”
- “Para que possam ganhar mais”
E se continuarmos sempre a fazer a mesma pergunta, provavelmente iremos para outras explorações.
Mas chegamos a um ponto em que as respostas começam a deixar de ser acerca do outro e começam a ser acerca de nós.
Em última instância, um líder quer um colaborador motivado, porque é útil à sua equipa, aos seus resultados, à sua empresa.
Então se assim é, porque é que se utilizam tantas desculpas?
É aqui que se coloca a complicação da utilização do coaching para a questão da motivação das pessoas da equipa.
Se é para isso, então mais vale utilizar mentoring ou mesmo a liderança tradicional, ou qualquer outro modelo.
No caso de um líder querer utilizar ferramentas de coaching para poder ajudar a sua equipa, em primeiro lugar tem de estar preparado para jogar com os pressupostos principais do coaching.
Ou seja, é acerca do outro e não de algo que necessitamos.
Se estiver disposto a cumprir com esta pequena regra, as ferramentas de coaching são então uma ferramenta valiosíssima para ajudar a pessoa a descobrir o seu próprio caminho.
Esta semana pare um pouco para pensar:
“Será que estou a assumir o que faz falta à minha equipa, empresa, família, etc.?”
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Liderou ao longo dos anos diversos projectos de sucesso em Portugal em diferentes áreas de actividade. A sua experiência profissional começou como Vendedor, tendo mais tarde feito carreira como Dir. Comercial e Dir. Geral de diversas empresas nacionais e internacionais. É também autor de diversas publicações no âmbito comercial e de liderança comercial, incluindo os livros“Compre Já”, “A Arte de Vender” e “Arte da Guerra no Coaching”.
Actualmente é o Partner responsável pela Ideias & Desafios, uma empresa dedicada à Formação e à realização de processos de Business & Executive Coaching. Ao longo da sua vida dedicou uma grande parte do seu tempo ao estudo de áreas tão distintas como vendas, performance pessoal, liderança, persuasão e influência, hipnose, psicologia, programação neuro-linguística, entre outras. Sendo um apaixonado do conhecimento, estudou com algumas das maiores figuras mundiais das áreas acima apresentadas. De entre elas podemos destacar Richard Bandler, Anthony Robbins, Brian Tracy, Tony Jeary, Tony Alexandra, entre outras.
Os seus programas de formação comercial assentam não só no conhecimento teórico que foi adquirindo ao longo dos anos, mas também em toda a sua experiência prática como vendedor, director comercial e director geral das várias empresas por onde passou.
Um dos seus factores de sucesso é a capacidade de pegar em matérias e temas bastantes complexos e transformá-los em ferramentas simples que qualquer pessoa pode utilizar para o seu próprio sucesso. Acima de tudo, acredita que todos temos uma capacidade fantástica para atingir o sucesso. Apenas necessitamos que nos mostrem o “caminho das pedras”.
É especialista em: Formação de Vendas, Formação de Negociação, Formação de Liderança, Coaching Executivo e Comercial.