Em momentos de viragem, como o de um ano que inicia, nada como parar, pensar, procurar dentro de si e questionar para progredir…
Ficamos sempre expectantes que os outros melhorem, que cheguem a horas, que escutem de uma vez por todas o que já lhes dissemos milhentas vezes, que se tornem mais produtivos, que reconheçam que não dá mais para fazer igual!
E nós? Temos uma atitude diferente? Ajustámos os nossos comportamentos?
E o que nos impede de procurar em nós?…
Ser o líder que gostava de ter
Há quem sorria quando pensa no líder que tem, quem se entusiasme com o que vão empreender conjuntamente no dia seguinte, e há quem se deprima pelo chefe que vai ver de novo a cada manhã, com sorte logo no elevador…
Não me diga que nunca teve um chefe destes, daqueles que “picam o miolo”, não acrescentam valor, cobram as vendas que não fizemos, e não nos ajudam a crescer?! Daqueles que nunca calçam sequer por um dia o sapato do liderado? E se calhar, vendo bem, não o fazem intencionalmente, apenas porque querem que os resultados apareçam, mas a forma como chegam à
Equipa… arruína tudo!
E se parar para olhar para dentro de si, é o líder de que a sua equipa precisa?
Não é novidade nenhuma que um bom líder é fundamental em qualquer organização, ainda que cada pessoa tenha uma definição própria do que é um bom líder, mas provavelmente estaremos todos de acordo relativamente ao que se deve evitar:
– Falta de visão clara do rumo a seguir
– Torcer o nariz a novas ideias trazidas por outros
– Não inspirar, não demonstrar entusiasmo e determinação
– Não agir de forma coerente com o padrão estabelecido
– Julgar sem escutar
– Compactuar com desempenhos medíocres
– Não estar comprometido em ajudar os outros a crescer
– Não investir o suficiente em comunicar, partilhar e dar feedback
Estes são alguns dos erros mais comuns cometidos em termos de liderança, permita autoavaliar-se nestas dimensões… Ficou
incomodado ou torceu o nariz?
Nunca é tarde para melhorar a nossa liderança, insatisfatório é não aprendermos com os nossos próprios erros e não encetarmos o caminho de mudança que sabemos estar à nossa espera…
Ser o colega que gostava de ver no outro…
Este foi o desafio que lancei recentemente a uma equipa, num Programa de coaching empresarial que iniciámos. Depois do diagnóstico e de falar com cada um, não foi difícil perceber que não tínhamos uma equipa, mas sim uma manta de retalhos…
E cada um de nós, que tipo de colega estamos a ser?
– Extremamente racional – sem equacionar que, por vezes, um registo um pouco mais emocional pode ser mais eficaz para chegarmos ao outro (ou deixar que o outro chegue a nós)
– Controlador – ao ponto de os sufocarmos e de nos deixarmos sufocar
– Vítima – num registo negativo ou de perseguição, como se atraíssemos os problemas ou como se a falta de sorte nos levasse ao insucesso
– Amigo inseparável – num registo bajulador, que não poupa elogios, promovendo que todos gostem de nós e nos ajudem
– Julgador – quando começamos a achar que fazemos tudo melhor do que todos os que nos rodeiam
Ups, isto despertou-lhe algum alerta?!
Às vezes olhamos demasiado para o nosso umbigo, focamo-nos no que não temos, no que o outro não é e gostaríamos que ele fosse, no quanto nos incomoda que ele não pense, decida ou actue como nós?
E se fizéssemos o exercício de pensar nas três melhores características de cada um dos colegas? Porque é que não nos
focamos nelas e andamos para a frente?
Ter a atitude de que a sua Empresa precisa…
É tempo de recomeçar, por isso qual é o seu propósito para 2014?
E em que medida é que esse propósito está alinhado com o da sua Empresa?!
Provavelmente, precisamos de ajustar atitudes, de nos disciplinar mais, de incorporar novos hábitos…
Comece por si!
Ou ainda anda a consumir-se a tentar mudar os outros, para ver se desta vez é que vai ser?!
Já tentou mudar a cara-metade lá em casa? E como correu? Pois, poupe-se e não responda… já todos passámos por isso!
Reza o ditado que “de boas intenções está o inferno cheio”…
Desta vez é para vencer, não adie mais, e procure todas estas respostas dentro de si.
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