E se se despedisse do seu chefe?

Quando falamos de resultados, o que pensam de si e do seu trabalho?

E se correr mal?

Numa altura em que o mercado de trabalho mudou e em que o que é estável hoje, na semana a seguir deixa de o ser, anda assustado?! Ou anda desmotivado?

Provavelmente, de vez em quando, há uma voz que lhe sussurra ao ouvido e que lhe diz “chega de engolir sapos”, “mexe-te”, “desobedece”, “arrisca”, “segue a intuição”, “toma as rédeas da situação”.

E o que mais tem para dar à sua Empresa, já pensou?

É curioso… será que nos habituámos a dar o que sempre demos ou o que sempre nos pediram?

E isso chega?

E isso chega-lhe?

O que pensa de si, que experiências giras tem para contar?

Muitas vezes fazem-se analogias do nosso SER e FAZER profissional, com determinados modelos com animais. Se lhe der a escolher entre uma ovelha ou uma coruja, com qual destes animais se identifica?

A ovelha é naturalmente inocente, segue jogo, achando que não tem tempo para politiquices. Baseia-se nas regras e princípios, é leal, toma o chefe por competente e faz amigos com facilidade. Trabalha de forma certa e organizada, cumprindo o seu papel e acreditando que será compensado por isso. Curiosamente, não tem muitos seguidores.

A coruja é orientada a resultados, toma decisões difíceis e está bem consciente do seu propósito. Procura as opiniões dos outros, partilha informação e lida bem com a rejeição. Assume de forma clara a sua posição e faz os procedimentos trabalharem a seu favor.

E qual o SER e o FAZER que o levam mais longe ou de que a Organização em que está precisa?

Como ir de ovelha a coruja, para não estar cansado de ser mais um?

Quando penso nisto lembro-me dos círculos da vida, do autor Stephen Covey:

• Círculo da Preocupação – onde cabe tudo o que não controlamos ou sobre o qual não temos qualquer influência – a crise, as opções políticas, o tempo, ou seja, os mil e um assuntos por onde dispersamos a nossa energia, em que perdemos imenso tempo mas que nos trazem zero resultados;
• Círculo da Influência – onde cabem uma série de coisas que não controlamos totalmente mas em que podemos interagir – a nossa saúde e bem-estar, a relação com os colegas, o chefe, os nossos clientes… e esta é uma área de resultados onde investir trará seguramente retorno.
• Círculo de Controlo Pessoal – que respeita a nós, à nossa forma de estar e de agir. Se somos activos ou passivos, se somos seguidores ou apontamos o caminho, se geramos conflito ou criamos relações, se nos focamos e nos disciplinamos ou se nos dispersamos, se investimos em nós ou estamos horas a fio nas curiosidades e fofoca do Facebook e da TV, se fazemos as coisas pela rama ou nos entregamos com paixão.

Bem…

Já se deu conta que é tudo uma questão de assumir a responsabilidade, de escolher mudar, e de agir passo a passo?

O que o impede então de dar a si próprio a oportunidade de “reescrever” o seu CV e de se candidatar à posição que agora ocupa, com a garantia de merecer ficar?!

E para os clientes? Como se apresenta, como pode mudar o seu pitch? Explique-lhes o que é que eles ganham por se relacionar consigo e quais os benefícios reais (e emocionais) de comprarem as suas soluções.

Quando pensamos assim, pensamos no nosso contributo, no valor que podemos levar aos outros, para fazer acontecer o nosso propósito.

E já viu a diferença que isso pode trazer à forma como trabalhamos?

Faça um intervalo no que está a fazer e não adie mais. Encontre as suas respostas para as questões:

• Quem sou?
• O que posso fazer?
• Como me distingo?

E, já agora, despeça-se do chefe!

Não se assuste… ninguém lhe disse para se livrar dele, mas sim para se libertar.

Estamos a falar de crescer e de ganhar autonomia, de poder trazer resultados à sua maneira, sem ficar à espera, nem se sentir travado.

Estamos a falar de não abdicar de si, das suas ideias e das suas convicções, de dar e procurar opiniões, de se obrigar a saber mais para trabalhar melhor.

Estamos a falar de, tal como a coruja, caminhar na direcção dos resultados revertendo procedimentos, considerando outros caminhos, mas sempre de voo firme na direcção do seu propósito.

Seja o primeiro a fazer mais por si e comece já a trabalhar na sua sorte!

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